terça-feira, 8 de setembro de 2009

ANTICRISTO

A falta de tempo e a preguiça me deixaram mais de um mês sem escrever, mas agora volto para dar uma pincelada em algo que acho que vale a pena ser dividido com meus 2 ou 3 leitores.
Sem paciência para esperar alguma sala de cinema em Porto Alegre se prestar a colocar em cartaz Anticristo, o novo filme do diretor (e fera, em minha humilde opinião) Lars Von Trier, recorri mais uma vez à Internet para saciar a minha curiosidade.
Após saber sobre o frisson causado no último Festival de Cannes e ler duas críticas positivíssimas de imprensa especializada (revista Veja e site Omelete), a expectativa ficou grande em torno da nova cria do diretor dinamarquês, que envolvia sexo explícito, drama e terror psicológico. Isso sem contar a quebra de paradigma do próprio Von Trier, que deixou de lado a estética do movimento Dogma 90 e optou por um formato convencional para contar a sua história, com direito a trilha sonora e efeitos visuais.
Também de autoria do diretor, Anticristo narra a história de um casal que perde o único filho ainda bebê e, como forma experimental de terapia para conter a depressão em que a esposa se afunda, o marido decide isolá-los em uma cabana no meio da floresta. E é lá que mora o tão prometido terror...
Protagonizada por Willem Dafoe (mais conhecido por ser o Duende Verde da franquia Homem-Aranha) e pela francesa Charlotte Gainsbourg, a história, dividida em atos (a exemplo dos recentes Dogville e Manderlay, também do mesmo diretor), é realmente assustadora no quesito psicológico e no que dói aos olhos - desespero, psicose e cenas impressionantes andam lado a lado por todos os 109 minutos de duração da película.
Ponto para Von Trier que, embora não tenha acertado muito a mão desta vez e criado um conto bizarro demais e, por que não dizer, de difícil compreensão, ainda assim o fez do seu modo: diferente, pesado e envolvente para o espectador. Embora as cenas de sexo e de violência ainda sejam menos do que é vendido no boca-a-boca, já são suficientes para arrepiar a espinha de qualquer um.
Não há conclusões. Achei melhor escrever enquanto o filme estava fresquinho na memória. Em uma oportunidade mais propícia pretendo reassistí-lo para chegar mais próximo de um veredito diferente de "confuso". Quem sabe se estrear por aqui? Por enquanto vou tentando esquecer algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos animaizinhos que aparecem vez ou outra para chocar ainda mais...

»JUKEBOX: A criação deste post teve como trilha sonora o álbum de debut do cantor Seal, de 1991. Entre os sucessos, "Killer", "Future Love Paradise" e, é claro, a matadora "Crazy".«

Um comentário:

Estevão disse...

Agora são 4 leitores, kkk. Parabéns pelo blog, já o inclui nos meus favoritos!