Nas linhas a seguir farei um apanhado das séries que estou acompanhando atualmente, em sincronia com a exibição nos Estados Unidos. São 2 séries estreantes e 6 que já podem se considerar veteranas, organizadas por ordem de antiguidade.
Ainda não consegui chegar em Nip/Tuck, que já tem 2 episódios novinhos em folha para assistir, mas em breve corrigirei esse lapso. E isso sem contar que quando janeiro chegar tem mais uma rodada de Damages e em fevereiro tem a última temporada de Lost!
DESPERATE HOUSEWIVES (6ª TEMPORADA)
Há quem ache que Desperate Housewives já esteja merecendo um encerramento. Entrando na 6ª temporada, a série que conta as desventuras de um grupo de donas-de-casa em um subúrbio americano não mostra grandes evoluções já faz um bom tempo: tudo gira em torno do casa/descasa das senhoras, filhos infernizantes e vizinhos misteriosos ou psicopatas que vêm e vão a cada ano. O clima de mistério que se tinha no início, a graça que havia nas trapalhadas do quarteto Susan (Teri Hatcher), Lynette (Felicity Huffman), Bree (Marcia Cross) e Gaby (Eva Longoria Parker) e as sutilezas que a série levantava sobre a vida nos subúrbios tornaram-se óbvias demais e repetitivas. As desesperadas continuam com bons índices de audiência lá fora e ainda são uma boa opção de distração, mas não passam disso - a série está cada vez mais próxima do formato novela, com arcos desimportantes e arrastados ocupando espaço das tramas principais e um eterno déjà vu de situações, que progride em uma temporada e volta à mesma estaca zero na seguinte. Para quem já chegou até aqui, não há porque não continuar acompanhando, mas confesso que minha expectativa é bem menor em relação a outras séries que estão bem mais interessantes e promissoras no momento.
SUPERNATURAL (5ª TEMPORADA)
Já na 5ª temporada de Supernatural, os irmãos Dean (Jensen Ackles) e Sam (Jared Padalecki) Winchester têm que achar uma solução para mandar o próprio Lúcifer de volta para o inferno. Além da eminência do Apocalipse, o caos assolando o planeta e toda a gangue de Satanás aprontando na Terra, a dupla ainda tem que encarar diferenças pessoais, a invalidez do amigo e pai substituto Bobby (Jim Beaver) e a falange dos anjos de Deus, sempre na cola dos dois. Dá para se dizer que a série evoluiu desde sua estréia em 2005: a produção consegue manter um padrão no formato, traz boas piadas, sustos, ação, dramas (embora pequenos) e formou um arco interessante em torno dos demônios, o que tem segurado a audiência e mantido a história no ar com boa aceitação do público, sobretudo o adolescente. Fala-se do término da série nesta temporada. Embora seja cedo para qualquer confirmação, há rumores também do fechamento do arco envolvendo os demônios e da criação de um novo para dar continuidade à série. Se Supernatural seguir os passos de Smallville, sua co-irmã de canal, tão cedo o Impala dos Winchester não descansará da estrada... Aguardemos!
HEROES (4ª TEMPORADA)
Acreditando no dito popular de que "não adianta chorar sobre o leite derramado", Heores promete não perder mais tempo e tenta desfazer a má impressão deixada pelas últimas 2 temporadas. Com uma excelente e empolgante temporada inicial, a série se perdeu na hora de dar a sequencia, com viagens no tempo impossíveis de se entender, uma sobrecarga de personagens que não tinham nada a dizer, amarrações mal feitas, vilões sem carisma e situações impossíveis de se contornar. Com a corda no pescoço, a série começou a sentir o aperto com a queda da audiência, uma avalanche de críticas negativas e o anúncio de uma redução de episódios para a fall season 2009/2010 (serão 19 ou 20 episódios, contra 25 creditados na temporada anterior). Se não houver melhoria na situação, um cancelamento será eminente. Felizmente, o produtor Tim Kring e sua equipe puxaram as mangas e estão trabalhando para colocar a série nos eixos: retomaram como personagens principais praticamente o mesmo grupo da temporada inicial, eliminaram o excesso de bagagem de personagens desnecessários, reduziram as viagens no tempo e as profecias futurísticas, centraram cada "herói" em seu próprio arco e estabeleceram um cenário que, se bem conduzido, promete trazer a excelência que garantiu a Heroes um status de excelência em seu início. A escalação do ator Robert Knepper (o T-Bag de Prison Break) para viver o vilão Samuel Sullivan foi um dos acertos desta nova temporada, que, se continuar evoluindo como o fez nos 7 episódios vistos até aqui, será marcada pelo retorno da diversão, da ação e da expectativa em torno deste interessante grupo de pessoas com habilidades especiais.
BROTHERS AND SISTERS (4ª TEMPORADA)
Depois de um péssimo Season Finale, um dos piores já vistos, Brothers And Sisters retorna para a quarta temporada, por enquanto menos cômica e prometendo uma boa carga dramática para arrebatar os ânimos. A ausência de Tommy (Balthazar Getty), o clímax da temporada anterior, foi preterida pelos demais temas da nova temporada e, embora o personagem continue na história, ainda não deu os ares da graça em nenhum dos 5 capítulos que já foram ao ar. Sarah (Rachel Griffiths) esteve sumida no início da temporada, mas isso em consequencia de sua intérprete ter tido bebê há pouco tempo - a moça já retornou de vez à série. As pontas soltas da terceira temporada se amarram e cedem vez ao casamento de Justin (David Annable) e Rebecca (Emily VanCamp), à adoção de um bebê por Kevin (Matthew Rhys) e Scotty(Luke MacFarlane) e à doença de Kitty (Calista Flockhart), o que tem causado certo derramamento de lágrimas, tanto nos personagens quanto neste que vos escreve. Tramas menores, como a eterna campanha eleitoral de Robert McCallister (Rob Lowe), os problemas financeiros da Ojai Foods nas mãos de Saul (Ron Rifkin) e Holly (Patricia Wettig) e a ambiguidade de conduta de Ryan Lafferty (Luke Grimes) começam a se desenvolver para garantir outros arcos no decorrer dos próximos 6/7 meses. E, com tantos problemas na vida da família Walker, a matriarca Nora (Sally Field) nem mesmo teve a chance de uma história para si - enquanto isso, ela segue ocupada se escabelando para resolver a vida dos filhos.
CALIFORNICATION (3ª TEMPORADA)
O sucesso do início desta 3ª temporada de Californication já garantiu ao doidão Hank Moody (David Duchovny) a certeza de uma quarta temporada no ano que vem. Lecionando em uma universidade, Hank agora tem um buffet de alunas, secretárias e professoras a sua disposição - e não é preciso ser vidente para sugerir que renderá muita confusão, sexo, sexo, sexo e mais confusão. A dificuldade na relação de Moody com a filha Becca (Madeleine Martin), agora uma adolescente rebelde, marcou como fator dramático os primeiros episódios e dá pistas do caminho que esta temporada, formada por 12 episódios, seguirá. As confusões do engraçado Charlie Runkle (Evan Handler) surgem na tentativa de reconquistar a ex-mulher Marcy (Pamela Adlon) e de escapar dos assédios de sua nova chefe (a monstruosa e "botocada" Kethleen Turner, em participação hilária e desbocada). São notáveis as ausências de Karen (Natascha McElhone, com uma curtíssima aparição até agora), que está em Nova York, e de Mia (Madeline Zima, em saída definitiva para participar de Heroes), que na história viajou para divulgar seu livro. Californication, mesmo pesada, é uma das séries adultas mais irônicas e bem humoradas da atualidade e merece todo o sucesso que vem conquistando - é o tipo de série que só vai terminar o dia que alguém imprescindível da equipe ou do elenco não a quiser mais fazer...
FRINGE (2ª TEMPORADA)
Eis uma série bacana: Fringe. Embora o que mais me agrade nela seja a lembrança da minha saudosa e venerada Arquivo-X, pela complexidade que se forma aqui temo por um novo Lost, cheio de mistérios que nunca terão explicação. Por outro lado, a série foge um pouco do formato com ligações entre todos os episódios, veiculando histórias avulsas em algumas semanas, poupando o desgaste da trama central e dando um fôlego para o público descansar do mesmo tema, conhecer novos mistérios e obter respostas para algumas questões que vão sendo levantadas. A indiferença inicial que havia com alguns personagens se tornou simpatia e, depois de se familiarizar com a série, é quase impossível não torcer pela séria agente Olivia Dunham (Anna Torv) na busca por respostas aos mistérios e aberrações que ela encontra em seu caminho. A 2ª temporada de Fringe segue os rumos da primeira, com um novo mistério envolvendo os personagens e uma nova cadeia de eventos. Está bem interessante e deve trazer mais sustos e ação, além das divertidas tiradas do excelente Dr. Walter Bishop (John Noble) e seu filho, o sombrio Peter Bishop (Joshua Jackson).
GLEE (1ª TEMPORADA)
Glee está cada dia melhor, divertida, cheia de tramas, ironias e críticas à sociedade - é uma série de adolescentes, mas não necessariamente para adolescentes -; sem contar que o formato dramédia musical emplacou e tornou-se um diferencial para a série. Fiquei feliz quando descobri que a 1ª temporada, inicialmente programada para 13 episódios, ganhou mais 9, totalizando os 22 padrões.
FLASH FORWARD (1ª TEMPORADA)
Flash Forward começou devagar e ainda está devagar, mas tem melhorando a cada episódio. Começam a surgir novas pistas e algumas peças estão a se encaixar, mas, em se tratando de uma temporada completa, com 22 episódios ou mais, ainda há muito o que esperar até o fatídico 29 de abril de 2010 prometido na série. Resta acompanhar para se saber se a série vai conseguir segurar o clima de suspense e expectativa sem se tornar monótona ou enrolada demais...
»JUKEBOX: A trilha sonora da postagem deste texto ficou por conta de Más, de Alejandro Sanz. Embora não seja o trabalho de debut do cantor espanhol, o álbum de 1998 foi o primeiro a estourar fora de seu país, por conta do megahit Corazón Partio.«