2012, o filme mais recente do diretor Roland Emmerich (responsável por "farofadas" como Godzilla, 10.000 A.C. e Independence Day), mostra toda a capacidade que Hollywood tem para destruir o mundo dentro de um estúdio. E também para destruir um blockbuster...
Um dos títulos mais esperados da fraca safra cinematográfica de 2009, 2012 baseou-se na história de que o calendário maia previa uma mudança geológica em nosso planeta de proporções apocalípticas e valeu-se da mesma clicheria encontrada em qualquer filme do gênero cinema-catástrofe, desde o heróico presidente americano até o ausente pai de família que busca conquistar o respeito dos filhos. E aqui vale tudo: o ônibus atingido por bolas de fogo e que segue andando, o cara com experiência de amador que pilota qualquer tipo de avião, as casualidades improváveis que acontecem a todo instante e, a pior de todas, os americanos salvado o mundo mais uma vez.
Quem vai ao cinema na expectativa de ver o mundo se desfazendo em pedacinhos (com direito ao desmoronamento do nosso Cristo Redentor, noticiado na fita por um golpe de merchandising descarado da Globo News), assiste majestosamente ao trágico espetáculo, com direito aos melhores efeitos visuais e sonoros imagináveis para nossa realidade - é realmente um show à parte. No entanto, paga com a arrastação de um filme com 2h e 36 minutos, que poderiam ter sido severamente reduzidos. Paga com historinhas pífias de testar a paciência sobre superação, heroísmo e senso de humanidade, em suas mais bregas essências.
Por mais irônico que seja, o único mérito de 2012 é exibir a própria destruição do planeta e de quase totalidade das espécies, incluindo a humana. Como filme, a história é lamentável, os atores (mesmo "feras" como John Cusack ou Danny Glover) não conseguem convencer na pele de personagens tão perfeitinhos e insuportáveis e, no fim de tudo, quando os tão sonhados créditos começam a subir, tudo o que fica é o arrependimento do espectador: sem uma lição, sem sequer um tema para refletir, sem nenhuma dúvida além de "gostei ou não gostei?" - eu não gostei e não recomendo, mas isso é só a minha resposta...
Um dos títulos mais esperados da fraca safra cinematográfica de 2009, 2012 baseou-se na história de que o calendário maia previa uma mudança geológica em nosso planeta de proporções apocalípticas e valeu-se da mesma clicheria encontrada em qualquer filme do gênero cinema-catástrofe, desde o heróico presidente americano até o ausente pai de família que busca conquistar o respeito dos filhos. E aqui vale tudo: o ônibus atingido por bolas de fogo e que segue andando, o cara com experiência de amador que pilota qualquer tipo de avião, as casualidades improváveis que acontecem a todo instante e, a pior de todas, os americanos salvado o mundo mais uma vez.
Quem vai ao cinema na expectativa de ver o mundo se desfazendo em pedacinhos (com direito ao desmoronamento do nosso Cristo Redentor, noticiado na fita por um golpe de merchandising descarado da Globo News), assiste majestosamente ao trágico espetáculo, com direito aos melhores efeitos visuais e sonoros imagináveis para nossa realidade - é realmente um show à parte. No entanto, paga com a arrastação de um filme com 2h e 36 minutos, que poderiam ter sido severamente reduzidos. Paga com historinhas pífias de testar a paciência sobre superação, heroísmo e senso de humanidade, em suas mais bregas essências.
Por mais irônico que seja, o único mérito de 2012 é exibir a própria destruição do planeta e de quase totalidade das espécies, incluindo a humana. Como filme, a história é lamentável, os atores (mesmo "feras" como John Cusack ou Danny Glover) não conseguem convencer na pele de personagens tão perfeitinhos e insuportáveis e, no fim de tudo, quando os tão sonhados créditos começam a subir, tudo o que fica é o arrependimento do espectador: sem uma lição, sem sequer um tema para refletir, sem nenhuma dúvida além de "gostei ou não gostei?" - eu não gostei e não recomendo, mas isso é só a minha resposta...