quinta-feira, 12 de novembro de 2009

JOGOS MORTAIS VI

Considerada a franquia cinematográfica de terror mais bem-sucedida de todos os tempos, Jogos Mortais chega em sua 6ª (e dispensável) edição. Como fã dos primeiros episódios, confesso que me fascinei com as engenhocas de tortura e com o desenrolar das investidas iniciais do serial killer Jigsaw (Tobin Bell). Já tem um bom tempo que a história se perdeu e se tornou uma maquininha caça-níqueis, sustentada por uma audiência ávida por derramamento de sangue à toa.
Por conta de uma boa reputação em sua fita de estréia e de uma rentável sequência, o olho grande dos produtores, assim como o ímpeto sangrento do serial killer, cresceu meteoricamente, transformando a série em uma triologia, que seguiu e já soma 6 filmes. Este que seria o derradeiro já não é mais: há uma promessa de Jogos Mortais VII para o ano que vem, possivelmente filmado em 3-D.
E, como bem se sabe, quanto mais se repete uma história que já não é lá grandes coisas, mais enfadonha ela se apresenta a cada iteração. Se tivesse sido dado um fim no terceiro filme, que já foi fraco, a saga terminaria bem e com méritos. Infelizmente, de lá para cá, a cada nova armadilha, a inteligência e a originalidade da franquia caem mais e mais. Sem propósito, cheio de reviravoltas e surpresas absurdas, Jogos Mortais tornou-se uma desculpa para expor bestialidade na tela. A cena inicial deste mais recente episódio é de uma violência tamanha que gera até mal estar na poltrona - e é o máximo que a fita consegue arrancar, pois, em seu restante resume-se a meras enrolações, tramas sem graça e personagens inexpressivos (sem contar a "canastrice" do elenco), lições de moral baratas e uma porção de flashbacks desinteressantes, a única forma encontrada pelos roteiristas para poder continuar mamando nessa vaca cada dia mais magrinha... Fora isso, sobram cenas de automutilação, feridas expostas, vísceras e sangue, muito sangue!

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