Dirigido por Cecília Amado, neta de Jorge Amado, não por acaso o autor da obra, o filme Capitães Da Areia antecipa o início das comemorações do centenário de nascimento do escritor baiano morto em 2001, a ser celebrado oficialmente durante o ano que vem.
A história, que trata da vida de uma gangue de pivetes atuantes na tumultuada capital Salvador na metade do século passado, como livro funciona muito bem, sendo a obra mais vendida do autor até hoje. Ao ser passada para a tela, perde a força, devido a pulos longos na narrativa, que terminam por confundir o espectador - em alguns momentos deixando-o sem saber onde está situada a trama. Mas nem só de defeitos vive a fita de estreia de Cecília Amado: com um elenco formado por anônimos, muitos deles estreantes, o acerto na caracterização dos personagens e na ambientação, figurino e cenografia são dignos de elogios, sem contar a fotografia impecável!
Liderada por Pedro Bala (Jean Luis Amorim), a gangue dos Capitães da Areia é um grupo de meninos órfãos, rejeitados pelas famílias e fugitivos de abusos domésticos, que conta também com os companheiros Gato (Paulo Abade), Professor (Robério Lima), Sem Pernas (Israel Gouvea) e, posteriormente, a menina Dóra (Ana Graciela). A dura luta pela sobrevivência, a incursão no mundo do crime através de pequenos furtos e contravenções, a perda da inocência e a descoberta do sexo e do amor usam como pano de fundo as riquezas culturais e naturais da Bahia, como o Candomblé, a capoeira, a fé, as festas, o mar e as belas paisagens agrestes para narrar uma pequena parte da triste saga deste grupo de crianças - ou nem tanto. Aliadas à bela trilha sonora produzida por Carlinhos Brown, certas cenas isoladas, aliadas às transcrições originais do livro, tornam-se verdadeiras obras de arte.
Pode-se dizer que Capitães Da Areia é mais competente técnica e esteticamente do que dramaturgicamente - o velho problema do roteiro, aqui assinado pela própria diretora em parceria com Hilton Lacerda. Pela duração tolerável de 96 minutos, pela beleza das imagens (mesmo que muitas delas estejam ali mais como alegoria do que como incremento significativo na trama), pela ótima atuação dos atores - sobretudo os mirins - e por algumas boas passagens, principalmente as dramáticas, o filme não é de todo mau e merece uma espiada, principalmente por quem prestigia o cinema feito no Brasil.
A história, que trata da vida de uma gangue de pivetes atuantes na tumultuada capital Salvador na metade do século passado, como livro funciona muito bem, sendo a obra mais vendida do autor até hoje. Ao ser passada para a tela, perde a força, devido a pulos longos na narrativa, que terminam por confundir o espectador - em alguns momentos deixando-o sem saber onde está situada a trama. Mas nem só de defeitos vive a fita de estreia de Cecília Amado: com um elenco formado por anônimos, muitos deles estreantes, o acerto na caracterização dos personagens e na ambientação, figurino e cenografia são dignos de elogios, sem contar a fotografia impecável!
Liderada por Pedro Bala (Jean Luis Amorim), a gangue dos Capitães da Areia é um grupo de meninos órfãos, rejeitados pelas famílias e fugitivos de abusos domésticos, que conta também com os companheiros Gato (Paulo Abade), Professor (Robério Lima), Sem Pernas (Israel Gouvea) e, posteriormente, a menina Dóra (Ana Graciela). A dura luta pela sobrevivência, a incursão no mundo do crime através de pequenos furtos e contravenções, a perda da inocência e a descoberta do sexo e do amor usam como pano de fundo as riquezas culturais e naturais da Bahia, como o Candomblé, a capoeira, a fé, as festas, o mar e as belas paisagens agrestes para narrar uma pequena parte da triste saga deste grupo de crianças - ou nem tanto. Aliadas à bela trilha sonora produzida por Carlinhos Brown, certas cenas isoladas, aliadas às transcrições originais do livro, tornam-se verdadeiras obras de arte.
Pode-se dizer que Capitães Da Areia é mais competente técnica e esteticamente do que dramaturgicamente - o velho problema do roteiro, aqui assinado pela própria diretora em parceria com Hilton Lacerda. Pela duração tolerável de 96 minutos, pela beleza das imagens (mesmo que muitas delas estejam ali mais como alegoria do que como incremento significativo na trama), pela ótima atuação dos atores - sobretudo os mirins - e por algumas boas passagens, principalmente as dramáticas, o filme não é de todo mau e merece uma espiada, principalmente por quem prestigia o cinema feito no Brasil.
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