Para divulgar seus mais novos discos, Tua e Encanteria, Maria Bethânia viaja o país com sua turnê Amor, Festa, Devoção - no título, os ingredientes principais da dobradinha produzida em estúdio. No último dia 03 de dezembro foi a vez de conferirmos aqui em Porto Alegre a apresentação.
No repertório, aparecem em maioria as novas canções: o romantismo de Tua misturado com a celebração e a devoção religiosa que formam Encanteria. A cantora relembra canções de seus discos setentistas, como o sucesso Explode Coração (Luiz Gonzaga Jr.) e a pouco conhecida Bom Dia (Herivelto Martins / Aldo Cabral), além de resgatar Vida de Chico Buarque e a inexplicável É O Amor de Zezé Di Camargo, com direito a esquecimento da letra, seguido de uma mea culpa merecidamente aplaudida. O irmão Caetano Veloso, embora cada vez mais ausente como compositor nos últimos álbuns da cantora, aparece com a cortante Drama, as até então inéditas na voz de Bethânia Queixa e Dama Do Cassino; depois Não Identificado, para prestar homenagem ao patriarca e à matriarca da família Telles Veloso, respectivamente Seu Zeca e Dona Canô. Das novidades, merece destaque a bela Balada De Gisberta (Pedro Abrunhosa), um dos melhores momentos do show.
Bethânia se entrega por completo ao palco e às canções. Sente o amor e a saudade, eleva-se em oração nos momentos de evocar a fé e os santos, demonstra o sentimento, solta a poesia. A intérpetre, na flor de seus 63 anos, traz uma forte carga dramática em suas feições, evidencia o peso dos anos no rosto e na expressão - às vezes meio cansada, às vezes meio distraída -, aparenta uma certa amargura, uma certa indiferença. A dama leva a platéia ao delírio, comove e enche a casa com sua linda voz, com seu semblante de artista e sua bela seleção de canções.
Tecnicamente o show é impecável, desde a bela cenografia até a harmônica banda comandada pelo habilidoso maestro Jaime Além, desta vez composta pela pequena soma de 6 músicos. Derrapadas da diva à parte (mencionando a grosseria de esnobar os fãs e atender somente meia dúzia deles no camarim após a apresentação, mandando o resto embora), pode-se dizer que uniu-se mais uma vez a técnica com o bom gosto e a competência de Maria Bethânia e foi mostrado um excelente show do início ao fim, abençoado por uma salva de palmas dos gaúchos.
»JUKEBOX: Este post foi escrito enquanto passava na TV o show Live At Black Island Studios, da banda Oasis«
»MAURICIOPÉDIA: Post originalmente escrito em 05 de dezembro, revisado e formatado em 07 de dezembro.«
No repertório, aparecem em maioria as novas canções: o romantismo de Tua misturado com a celebração e a devoção religiosa que formam Encanteria. A cantora relembra canções de seus discos setentistas, como o sucesso Explode Coração (Luiz Gonzaga Jr.) e a pouco conhecida Bom Dia (Herivelto Martins / Aldo Cabral), além de resgatar Vida de Chico Buarque e a inexplicável É O Amor de Zezé Di Camargo, com direito a esquecimento da letra, seguido de uma mea culpa merecidamente aplaudida. O irmão Caetano Veloso, embora cada vez mais ausente como compositor nos últimos álbuns da cantora, aparece com a cortante Drama, as até então inéditas na voz de Bethânia Queixa e Dama Do Cassino; depois Não Identificado, para prestar homenagem ao patriarca e à matriarca da família Telles Veloso, respectivamente Seu Zeca e Dona Canô. Das novidades, merece destaque a bela Balada De Gisberta (Pedro Abrunhosa), um dos melhores momentos do show.
Bethânia se entrega por completo ao palco e às canções. Sente o amor e a saudade, eleva-se em oração nos momentos de evocar a fé e os santos, demonstra o sentimento, solta a poesia. A intérpetre, na flor de seus 63 anos, traz uma forte carga dramática em suas feições, evidencia o peso dos anos no rosto e na expressão - às vezes meio cansada, às vezes meio distraída -, aparenta uma certa amargura, uma certa indiferença. A dama leva a platéia ao delírio, comove e enche a casa com sua linda voz, com seu semblante de artista e sua bela seleção de canções.
Tecnicamente o show é impecável, desde a bela cenografia até a harmônica banda comandada pelo habilidoso maestro Jaime Além, desta vez composta pela pequena soma de 6 músicos. Derrapadas da diva à parte (mencionando a grosseria de esnobar os fãs e atender somente meia dúzia deles no camarim após a apresentação, mandando o resto embora), pode-se dizer que uniu-se mais uma vez a técnica com o bom gosto e a competência de Maria Bethânia e foi mostrado um excelente show do início ao fim, abençoado por uma salva de palmas dos gaúchos.
»JUKEBOX: Este post foi escrito enquanto passava na TV o show Live At Black Island Studios, da banda Oasis«
»MAURICIOPÉDIA: Post originalmente escrito em 05 de dezembro, revisado e formatado em 07 de dezembro.«
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