quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

LOST - A TEMPORADA FINAL

ATENÇÃO: Este post contém spoilers!
Concretiza-se finalmente a espera de meses e inicia-se aquela que promete ser a última temporada de uma das séries de TV mais assistidas e comentadas dos últimos anos. A fama de Lost já foi muito além da ilha misteriosa onde encontram-se os sobreviventes do vôo Oceanic 815 e a série é reconhecida até mesmo por quem não a assiste. As perguntas continuam aflorando nas rodas de conversa, junto de teorias, explicações mirabolantes e reclamações por tanta morosidade no andar da trama e falta de respostas. E, pasmem, até para quem esperava que as respostas começariam a ser dadas, o remédio será esperar mais um pouco...
Sim, no episódio duplo que abriu a temporada, L.A. X, respostas é o que menos se tem. Em compensação, o número de perguntas e fatos absurdos continua a crescer. Primeiro, ficou no ar a história paralela do vôo Oceanic 815 chegando intacto em Los Angeles, dando novo rumo aos destinos dos personagens - o que aquilo significa ainda é uma incógnita. Na ilha, de volta ao presente, foi difícil engolir aquele enorme templo dos seguidores de Jacob (Mark Pellegrino) no meio da floresta, encontrado somente agora, sem ninguém saber de sua existência até então. Mais difícil ainda foi digerir o novo vilão que surgiu, agora escondido no corpo de Locke (Terry O'Quinn), com direito, inclusive, a transformações em fumaça preta.
No elenco, poucas alterações. Foi interessante acompanhar os créditos iniciais e perceber que terão mais destaque na série os personagens Ilana (Zuleikha Robinson) e Richard Alpert (Nestor Carbonell), além do retorno do nome de Emilie de Ravin, a desaparecida Claire - pelo visto, mais surpresas estão por vir! Juliet (Elizabeth Mitchell) morreu de vez e dificilmente reaparecerá na série (viva, pelo menos). Enquanto isso, os demais personagens continuam transitando pela ilha, tão perdidos quanto os telespectadores.
A previsão é fechar a temporada em 18 episódios em meados do fim do mês de maio. possivelmente com um episódio duplo. Palmas para a produção, que soube a hora de parar e trabalhou na série para que a história se fechasse no tempo acordado. Vaias para o anúncio de que a série terminará sem respostas para "alguns" mistérios e para a frustração causada por um episódio de estréia morno, com pouca emoção e sem esclarecimentos. O caminho a ser tomado até o final parece o mais óbvio: o mesmo das novelas da Globo, que chovem no molhado por meses e deixam para resolver tudo no último dia. Mas, se vai ser isso mesmo, é só mais uma das muitas perguntas que não me parecem ter mais resposta.

»JUKEBOX: Em um dia para morrer de calor, nada como uma trilha sonora de ventilador no máximo. No som, Adriana Partimpim Dois, de 2009.«

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