segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

DEBAIXO D'ÁGUA

O Ano Novo mal começou. Para muita gente, o Ano Novo começou mal. Desde o dia 31 de dezembro, os noticiários não falam em outra coisa: enchentes, inundações, resgates, flagelados, mortos e feridos. A água está castigando nossa pátria querida. A água e as consequências de nosso próprio comportamento enquanto cidadãos.
Trágico e triste foi o que aconteceu durante o feriadão no Rio de Janeiro, sobretudo na cidade de Angra dos Reis. Também trágico e triste foi o que aconteceu de ontem para hoje no interior do Rio Grande do Sul. Aquecimento global, efeito estufa, força da natureza, descaso das autoridades, pura fatalidade... em quem pôr a culpa?
Não é novidade a instabilidade do clima mundial nos últimos anos, com verões cada vez mais longos e rigorosos, estações de grande escassez de chuva e outras de demasiado exceso. A natureza tem vontade própria. Abalada pela poluição, pelo desmatamento e pela má administração do lixo produzido no planeta, essa vontade se desequilibra e potencializa fenômenos que quase sempre terminam em calamidades, onde quem paga é a própria humanidade.
Ondas, desmoronamentos, ciclones, terremotos e outras fatalidades são impossíveis de deter e muitas vezes impossíveis de prever. Políticas ruins de consumo, incentivos ao desperdício, mal aproveitamento de recursos, descasos com o meio ambiente - esses são fatos evidentes, não necessitam previsões e são totalmente reversíveis, onde todos podemos fazer nossa parte, por menor que seja.
Não há como duelar contra a força da ntureza, mas com cuidado podemos conter parte de sua fúria, pois, no fim das contas é contra nós mesmos que ela poderá se voltar. Entre tantas promessas furadas de Ano Novo, pense um pouco em cuidar do planeta, começando por sua casa. Jogue o lixo no lixo, feche bem a torneira, desligue o seu PC, apague a luz ao sair e agradeça por estar são e salvo das catástrofes que estão abalando o mundo lá fora.
Tenha um feliz 2010!

»MAURICIOPÉDIA: Debaixo D'Água foi composta por Arnaldo Antunes e faz parte de seu álbum de 2001, Paradeiro. Foi gravada também por Maria Bethânia em Mar De Sophia, de 2006.«

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