É difícil assistir Percy Jackson E O Ladrão de Raios (Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief, 2010) e não sair com a impressão de que o filme é um plágio descarado de tudo que já foi feito em Hollywood para o público infanto-juvenil.
Baseada no livro homônimo de Rick Riordan, a história gira em torno de Percy Jackson (Logan Lerman), um garoto que descobre ter poderes especiais por ser filho de Poseidon (Kevin McKidd) - o deus do Olimpo que rege os mares - e que, mesmo sem saber, foi acusado pelos deuses por ter roubado o raio de Zeus (Sean Bean), fato que promete desencadear em uma guerra cujo campo de batalha será a Terra. Acompanhado da bela guerreira Annabeth (Alexandra Daddario) - filha da deusa Atena (Melina Kanakaredes) - e de seu protetor, o sátiro (metade homem, metade bode) Grover (Brandon T. Jackson), Percy embarca em uma aventura através dos Estados Unidos que os leva desde um jardim de estátuas habitado pela perigosa Medusa (Uma Thurman, em uma ponta impagável) até as profundezas do inferno, comandadas por Hades (Steve Coogan) e sua voluptuosa esposa Perséfone (Rosario Dawson), para enfim confrontar o verdadeiro ladrão de raios e tentar restituir a paz entre os superiores do Olimpo. O elenco conta ainda com a participação do ex-007 Pierce Brosnan e Catherine Keener como mãe de Percy, em um look riponga vergonhoso.
O filme, embora com um certo esforço, até que é divertido - verdade seja dita: os efeitos especiais, a abundância de ação e certas cenas que fogem do universo infantil para um patamar mais adulto (como a ambientação do inferno, por exemplo) contribuem mais para o desenvolvimento da fita do que a trama por si só. As referências à mitologia grega surgem a todo instante, e isso se torna um pouco chato, pois há tentativas de encaixá-las em lugares incabíveis, tornando a história toda boba demais. A mão de Chris Columbus na direção torna evidente a comparação com a série de filmes Harry Potter, uma vez que o diretor foi o condutor dos dois primeiros longas do bruxinho - a essência da história e a narrativa se assemelham muito em certas partes, onde o universo de J. K. Rowling ainda leva a melhor na disputa. Não é preciso muito esforço para encontrar diversas referências também às Crônicas De Nárnia, O Senhor Dos Anéis e filmes antigos que referenciam a mitologia, como Fúria de Titãs (que, por sinal, ganhou refilmagem a ser lançada ainda este ano). O fato é que é difícil encontrar originalidade absoluta em um mercado saturado de ideias e com uma sede infindável por inovação, mas em Percy Jackson há abusos excessivos de releitura, parafraseamento, referências e homenagens. Pensei em ler o livro mais adiante, mas tenho receio de descobrir que no papel acontece a mesma coisa - e, para essa constatação, será preciso bem mais que as 2 horas de duração da versão cinematográfica.
Baseada no livro homônimo de Rick Riordan, a história gira em torno de Percy Jackson (Logan Lerman), um garoto que descobre ter poderes especiais por ser filho de Poseidon (Kevin McKidd) - o deus do Olimpo que rege os mares - e que, mesmo sem saber, foi acusado pelos deuses por ter roubado o raio de Zeus (Sean Bean), fato que promete desencadear em uma guerra cujo campo de batalha será a Terra. Acompanhado da bela guerreira Annabeth (Alexandra Daddario) - filha da deusa Atena (Melina Kanakaredes) - e de seu protetor, o sátiro (metade homem, metade bode) Grover (Brandon T. Jackson), Percy embarca em uma aventura através dos Estados Unidos que os leva desde um jardim de estátuas habitado pela perigosa Medusa (Uma Thurman, em uma ponta impagável) até as profundezas do inferno, comandadas por Hades (Steve Coogan) e sua voluptuosa esposa Perséfone (Rosario Dawson), para enfim confrontar o verdadeiro ladrão de raios e tentar restituir a paz entre os superiores do Olimpo. O elenco conta ainda com a participação do ex-007 Pierce Brosnan e Catherine Keener como mãe de Percy, em um look riponga vergonhoso.
O filme, embora com um certo esforço, até que é divertido - verdade seja dita: os efeitos especiais, a abundância de ação e certas cenas que fogem do universo infantil para um patamar mais adulto (como a ambientação do inferno, por exemplo) contribuem mais para o desenvolvimento da fita do que a trama por si só. As referências à mitologia grega surgem a todo instante, e isso se torna um pouco chato, pois há tentativas de encaixá-las em lugares incabíveis, tornando a história toda boba demais. A mão de Chris Columbus na direção torna evidente a comparação com a série de filmes Harry Potter, uma vez que o diretor foi o condutor dos dois primeiros longas do bruxinho - a essência da história e a narrativa se assemelham muito em certas partes, onde o universo de J. K. Rowling ainda leva a melhor na disputa. Não é preciso muito esforço para encontrar diversas referências também às Crônicas De Nárnia, O Senhor Dos Anéis e filmes antigos que referenciam a mitologia, como Fúria de Titãs (que, por sinal, ganhou refilmagem a ser lançada ainda este ano). O fato é que é difícil encontrar originalidade absoluta em um mercado saturado de ideias e com uma sede infindável por inovação, mas em Percy Jackson há abusos excessivos de releitura, parafraseamento, referências e homenagens. Pensei em ler o livro mais adiante, mas tenho receio de descobrir que no papel acontece a mesma coisa - e, para essa constatação, será preciso bem mais que as 2 horas de duração da versão cinematográfica.
Um comentário:
Ah, eu achei bem divertido... Bem sessão da tarde, mas me diverti!
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