Mais um exemplar da boa leva atual do cinema gaúcho, Em Teu Nome... (Brasil, 2010) é um drama político ambientado nos conturbados anos 70, em meio à barbárie que foi a ditadura militar que assolou o Brasil por anos e marcou toda uma geração. O filme é baseado na trajetória de João Carlos Bona Garcia, um estudante que largou a faculdade e renunciou de uma vida de classe média para tornar-se um revolucionário. Junto a personagens reais e fictícios, a história de Boni (o nome dado ao personagem vivido pelo ator Leonardo Machado) é contada desde sua filiação, passando por toda a Via Crucis que muitos de seus companheiros de causa também conheceram, incluindo a nula liberdade de expressão, a insegurança constante, a prisão, as torturas e a tristeza do exílio.
O gaúcho Paulo Nascimento assina o roteiro e a direção - ele é também responsável por trabalhos como Diário De Um Novo Mundo e Valsa Para Bruno Stein. O aspecto técnico é competente, com boas escolhas de elenco (que em sua maioria conta com nomes poucos conhecidos, misturados a grandes nomes como Marcos Paulo e Sílvia Buarque em uma ótima e crescente atuação na história), fotografia, trilha sonora (com participação e aparição do cantor Vitor Ramil) e ambientações - desde as locações fechadas no Brasil para representar as prisões domiciliares em que a população se encontrava, até as belas cenas gravadas no exterior (Chile, Argélia e França) para contar os anos de exílio. A edição se apresenta meio perdida às vezes, intercalando cenas de contexto vago e sem muita importância, mas não compromete o produto final.
Dolorosa, sofrida e sem as apelações panfletárias ou clicherias utópicas de filmes do gênero, a trama é um retrato humano sob o olhar de quem viveu aquele tempo, o qual torna-se impossível ficar alheio e não se envolver emocionalmente. Há muita comoção, há muita indignação e há muita admiração pela coragem com que os jovens ali retratados tiveram ao renunciar de suas vidas, amores e famílias para correr mundo em prol de uma causa que se via perdida.
O gaúcho Paulo Nascimento assina o roteiro e a direção - ele é também responsável por trabalhos como Diário De Um Novo Mundo e Valsa Para Bruno Stein. O aspecto técnico é competente, com boas escolhas de elenco (que em sua maioria conta com nomes poucos conhecidos, misturados a grandes nomes como Marcos Paulo e Sílvia Buarque em uma ótima e crescente atuação na história), fotografia, trilha sonora (com participação e aparição do cantor Vitor Ramil) e ambientações - desde as locações fechadas no Brasil para representar as prisões domiciliares em que a população se encontrava, até as belas cenas gravadas no exterior (Chile, Argélia e França) para contar os anos de exílio. A edição se apresenta meio perdida às vezes, intercalando cenas de contexto vago e sem muita importância, mas não compromete o produto final.
Dolorosa, sofrida e sem as apelações panfletárias ou clicherias utópicas de filmes do gênero, a trama é um retrato humano sob o olhar de quem viveu aquele tempo, o qual torna-se impossível ficar alheio e não se envolver emocionalmente. Há muita comoção, há muita indignação e há muita admiração pela coragem com que os jovens ali retratados tiveram ao renunciar de suas vidas, amores e famílias para correr mundo em prol de uma causa que se via perdida.
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