terça-feira, 29 de junho de 2010

CINEMA: TOY STORY 3

É incrível constatar que, mesmo após 15 anos do lançamento do primeiro filme e 11 do segundo, a parceria Disney/Pixar conseguiu dar continuidade mais uma vez à saga dos brinquedos de Toy Story, sem soar datada ou repetitiva. Quando se percebeu que as crianças que cresceram se divertindo no cinema com as peripécias do cowboy Woody (voz de Tom Hanks no orignal), do astronauta Buzz Lightyear (voz de Tim Allen) e sua turma de amigos, percebeu-se que era hora da franquia crescer também.
Agora, o garoto Andy (voz de John Morris) não é mais exatamente um garoto, e sim um jovem adulto na casa dos 17 anos, com o desafio da universidade a sua frente - um momento em que os brinquedos há muito perderam o significado em sua vida e devem lhe dar adeus, com um destino incerto, que pode ser tanto as mãos de outra criança, o esquecimento do sótão ou mesmo a lixeira. Este é o mote principal de Toy Story 3, uma trama cheia de despedidas e comoções em meio a um festival de cores, risos e fantasias de um mundo encantado que só os brinquedos poderiam nos proporcionar.
Este terceiro episódio pode até não ser o mais impressionante da triologia, uma vez que o primeiro filme foi um marco no mundo da animação tridimensional cinematográfica, mas certamente é a maior aventura vivida por nosso amigos de plástico até hoje. Da casa de Andy para uma creche e da creche para diversos outros lugares sinistros, a turma de Woody e Buzz precisam enfrentar a tristeza do abandono de seu dono, crianças destruidoras de brinquedos e uma conspiração liderada por um urso cor-de-rosa malvado com cheirinho de morango chamado Lotso (voz de Ned Beatty).
Sobra encanto em Toy Story 3: mesmo com algumas críticas negativas, as bilheterias têm mostrado que a fita está sendo um sucesso entre crianças e adultos. Com menos fundamentos inteligentes que outras recentes produções da Pixar, a trama dirigida por Lee Unkrich (de Procurando Nemo, Monstros S.A. e Toy Story 2) pega o espectador pelo coração e pelo saudosismo da infância. A história traz à tona, por meio de memórias, uma época feliz vivida pela maioria da nossa geração, dando aquela vontade de revirar o baú e puxar de volta aqueles velhos brinquedos que tanto nos acompanharam nos melhores anos de nossas vidas. Dos 8 aos 80, é difícil permanecer alheio às boas recordações e não se comover perante a evolução da vida no passar dos anos. Mas a história relembra ainda que é preciso seguir em frente, seja você um menino que virou homem ou um boneco de pano, aparentemente inanimado. E, para todos aqueles que sentem saudades, vale o consolo de que não importa a idade: brinquedos sempre serão brinquedos e crianças sempre serão eternas crianças...

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