segunda-feira, 7 de junho de 2010

PRÍNCIPE DA PÉRSIA: AS AREIAS DO TEMPO

Por certa preguiça, está saindo somente agora o comentário sobre o filme Príncipe Da Pérsia: As Areias Do Tempo (Prince Of Persia: The Sands Of Time, 2010). Em mais uma parceria com a Disney, Jerry Bruckheimer, o fabricante de blockbusters número 1 de Hollywood, produz a história ambientada na Pérsia antiga, derivada do game de mesmo nome que foi um grande sucesso dos PCs na década de 90. Assim como o príncipe do jogo, Jake Gyllenhaal (de Zodíaco e O Segredo De Brokeback Mountain) tem que ser habilidoso na pele do guerreiro Dastan para se pendurar em prédios e muros, se equilibrar em penhascos e desviar de flechas e outros artefatos contra ele arremessados durante as 2 horas do filme - o elenco conta ainda com os nomes famosos de Alfred Molina como um golpista do deserto e Sir Ben Kingsley como Nizam, o tio ambicioso de Dastan.
A fita é aventura pura! Praticamente sem enredo e com um aspecto meio mofado que remete aos filmes de aventura dos anos 80 (a exemplo de Simbad e dos primeiros Indiana Jones), a trama gira em torno da busca por uma adaga mística que, quando preenchida com uma areia especial, dá ao seu portador o poder de fazer o tempo voltar atrás e prever o presente com antecedência. Para isso, o roteiro se vale de conspirações confusas, reviravoltas desnecessárias e muito corre-corre, onde a tal adaga passa de mão em mão. As tentativas de apelo cômico e dramático não colam e o que importa no fim das contas são as acrobacias elaboradas de Dastan, na melhor cópia descarada de Matrix, com direito a câmeras lentas e caminhadas na parede.
A mitologia criada é pouca e o universo de personagens de apoio não chega a ser interessante, o que não leva a crer que vá gerar uma franquia, a não ser que os lucros sejam muito grandiosos. O diretor Mike Newell, de Harry Potter E O Cálice De Fogo e O Amor Nos Tempos Do Cólera fez o que pôde com o material que tinha em mãos e resultado final é um filme bem feito tecnicamente, fraquinho, mas que cumpre seu papel como entretenimento no melhor estilo pipoca.

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